O Direito de ser respeitado

Diz a Constituição Brasileira que todos nós somos iguais perante a lei e que as diferenças culturais, étnicas e sexuais devem ser respeitadas bem como o livre direito de expressão. Contudo, a sociedade dita suas próprias regras, com atitudes visíveis homofobicas refletidas em agressões, preconceitos e exclusões.
Não somos um desvio da natureza ou uma aberração social como dizem os preconceituosos. A civilização traz consigo fenômenos, os quais, quando não compreendidos, são excluídos, ignorados ou oprimidos. É uma castração diária entre quatro paredes de nossa própria sexualidade.
Por sermos Homossexuais somos constantemente colocados à margem da sociedade através de uma repressão comportamental, que nos obriga a vivermos clandestinamente nossa própria sexualidade.
No Brasil, é obrigatório ser Heterossexual. O cidadão vale pela sua genitália, pouco pelo seu caráter. Talvez seja por isso que muitos gays vivam em “guetos”. A ausência de 100% de espaço aberto onde possamos ser autênticos como nossa alma nos leva ao absurdo de uma vida dupla, muitas vezes alicerçada no auto-preconceito e recusa de si próprio.
O diagnóstico é terrível: Homossexuais infectados com o vírus da segregação, tornando-se doentes de caráter, espírito e personalidade.
O tratamento: Liberdade de expressão.
A sociedade caminha a passos lentos, apesar do preconceito, rumo a aceitação de tribos excludentes e deslocadas das convenções ditas normais para o homem de hoje.
Por sermos iguais dentro de nossa humanidade e na plenitude de nossos sentimentos é fundamental optar pela vida acima de toda e qualquer forma de discriminação. Não se pode segregar ainda mais o individuo.
A Homossexualidade não é uma doença, tão pouco, uma opção sexual, não é contagiosa e não é ensinada. Teorias absurdas e preconceituosas de pessoas que julgam viver dentro de uma suposta realidade de moral e bons costumes.
Ser Homossexual não é ser hipócrita, fresco, anormal. É ser um individuo pleno, capaz, agente transformador da própria história e protagonista de uma luta pacífica em defesa dos direitos civis, políticos e sociais. Na verdade anomalia, hipocrisia e frescura é o preconceito e a discriminação, é o repúdio e o desprestigio de caráter dos homofóbicos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), o Conselho Federal de Medicina (CFM) e há pouco o Conselho Federal de Psicologia (CFP), reconheceram que a Homossexualidade não é doença nem perversão. É uma descoberta natural da própria sexualidade e neste descobrir, encontrar-se, dentro das varias nuances da Homossexualidade, ou seja: gays, lésbicas, travestis, transgêneros, bissexuais, entre outras formas de expressão. Isto não significa promiscuidade ou sem-vergonhice, mas sim IDENTIDADE.
Por falar em promiscuidade é certo que muitos gays a vivem, mas também é certo que muitos heteros também a praticam. Para todos é necessário ter e haver seletividade. Ser seletivo não é ser preconceituoso, mas precavido em relação a doenças e violências. Mas é importante frizar, que a liberdade de escolha entre seletivar ou ser promiscuo é também um direito pessoal e muito particular do individuo.
Uma sociedade que queira ser livre, democratica, precisa ser essencialmente tolerante.

Esperamos com este Portal contribuir para que tenhamos respeito e dignidade sempre.

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LUCAS VIEIRA

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