terça-feira, 15 de maio de 2007

Arco-íris no Céu, santos gays


Há santos gays? Para a história oficial da igreja, a pergunta soa como uma blasfêmia, uma vez que a religião condena a homossexualidade. Mas há teses de que a igreja teve, sim, santos que, no seu passado, tiveram relações com pessoas do mesmo sexo. O caso mais famoso é de São Sérgio e São Baco, que foram mártires no início do século 4.
Eles integravam o exército do imperador romano Maximiano (286-305). Era um casal gay respeitado pela própria igreja, segundo o polêmico e premiado livro "Cristianismo, Tolerância Social e Homossexualidade", publicado em 1980 por John Boswell (1947-1994), historiador da Universidade de Yale (EUA).
Defensores da igreja acusaram Boswell de forçar a barra em seus estudos sobre os arquivos históricos da igreja. O livro era visto como panfletário, ou seja, interessava à militância homossexual forjar santos gays. Quem apoiou o historiador dizia que a igreja adulterou os arquivos antigos para esconder registros sobre a homossexualidade dos dois.O fato é que São Sérgio e São Baco viraram ícones do movimento gay, inspirando artistas. Suas imagens servem à defesa da união civil entre pessoas do mesmo sexo, cujas cerimônias são seladas com a leitura da oração dos dois santos. Eles têm até um dia: 7 de outubro. Já Santa Perpétua e Santa Felicidade, mártires desde o século 3, também carregam a suspeita de terem uma relação lésbica. Felicidade era escrava de Perpétua. As duas sofreram juntas na prisão. Para os gays, elas viveram uma intensa paixão.

SÉRGIO RIPARDO
Editor de Ilustrada da Folha Online
FONTE: ATHOS GLS



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